ATA DA NONAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 25.10.1993.

 


Aos vinte e cinco dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e noventa e três reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Nonagésima Sessão Ordinária da Primeira Sessão Legislativa Ordiná­ria da Décima Primeira Legislatura. Às quatorze horas foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clênia Maranhão, Cló­vis Ilgenfritz, Décio Chauren, Dilamar Machado, Divo do Canto, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Mattos Filho, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, Jair Soares, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’ Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas e Wilton Araújo. Constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem distribuídas em avulsos cópias das Atas da Octogésima Nona Sessão Ordinária e da Décima Oitava Sessão Solene, que foram aprovadas. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs: 647 e 648/93, do Senhor Prefeito Municipal, 120/93, da Associação dos Servidores Civis da Brigada Militar, s/nº, do Advogado Antonio Maia da Silva, 603/93, do Senhor Luiz Tomazeli, 647/93, do Conselho Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul, s/nº, do Senhor Ruy Carneiro Belchior; Programa do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Artur Zanella, 01 indicação nº 36 (Processo nº 2613/93), 05 Pedidos de Informações nºs 158, 161, 162, 163, 164/93 (Processos nºs 2593, 2610, 2611, 2623, 2624/93), 01 Pedido de Providências e um Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 36/93 (Processo nº 2612/93); pelo Vereador Dilamar Machado, 01 Pedido de Informações nº 165/93 (Processo nº 2630/93); pelo Vereador Isaac Ainhorn, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Jair Soares, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador João Dib, 03 Emendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 08/93 (Processo nº 2508/93), 01 Emenda ao Projeto de Lei do Executivo nº 72/93 (Processo nº 2502/93); pelo Vereador Jocelin Azambuja, 01 Projeto de Lei do Legislativo nº 134/93 (Processo no 2636/93); pelo Vereador José Gomes, 01 Projeto de Lei do Legislativo nº 136/93 (Processo nº 2652/93); pe­lo Vereador Nereu D’Ávila, 01 Pedido de Informações nº 166/93 (Processo nº 2646/93); pelo Vereador Pedro Américo Leal, 01 Pe­dido de Providências. A seguir, nos termos do artigo 100 da Lei Orgânica Municipal - Tribuna Popular, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Senhora Luzinette Alvez Aragon, Presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul, que veio a esta Casa falar sobre a situação dos pensionistas vinculados ao IPERGS, registrando a miserabilidade dos seus vencimentos. Lembrou que a luta pela integralidade das pensões remonta à Constituinte, dizendo que a situação se agrava devido ao Regime Jurídico do IPERGS e propugnando pelo auxílio dos Senhores Vereadores à causa dos pensionistas. Em conti­nuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores para se manifestarem acerca do tema exposto. O Vereador Jocelin Azambuja registrou ser lamentável a situação daquelas famílias que recebem pensão do IPERGS, propugnando por uma revisão des­ses vencimentos e afirmando ser uma vergonha o referido Insti­tuto não cumprir a legislação existente. Declarou que o Judiciário negou liminar de acordo com o Governo do Estado, solidarizando-se com a Presidenta e com os demais pensionistas. O Vereador José Gomes disse que mantém amizade com vários pensionistas do IPERGS, sabendo, assim, da mísera quantia que percebem. Lembrou que já há seis anos o Governo devia uma soma assombrosa ao IPERGS, sendo que aquele recolhe e não repassa as quantias, dizendo ser lamentável que pessoas tenham que sobreviver às custas de um mísero salário-mínimo. Durante o período de Tribuna Popu­lar, o Senhor Presidente registrou a presença nas galerias da terceira série do primeiro grau do Colégio Israelita, acompanhada das Professoras Rosa Maria Vijarde e Mara Saraiva. A seguir, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos, dizendo que o que estiver ao alcance deste Legislativo será feito em auxi­lio aos pensionistas do IPERGS. Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, estiveram, em 6a Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nºs 72, 74, 75, 76 e 77/93. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 2a Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 32/93 e o Projeto de Resolução nº 32/93; em 3a Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 10/93. Em GRANDE XPEDIENTE, o Vereador Jocelin Azambuja lamentou sobre a morte de um menino na “Cervejaria Berlin”, registrando que a 1egislacão não permite a venda de bebidas alcoólicas a menores de dezoito anos, propugnando pela cassação dos alvarás dos estabelecimen­tos que descumprem essa norma. Disse que nos países desenvolvidos as drogas são tratadas com muito rigor, com vistas à preservação da sociedade, lembrando que é tarefa do legislador esta­belecer normas de convívio social e que tem projetos em tramitação na Casa que tratam da venda de bebidas alcoólicas. O Vereador Antonio Hohlfeldt falou acerca de Moção de Protesto contra o Prefeito de São João Del Rei, no Estado de Minas Gerais, que vem promovendo a destruição do património histórico-cultu­ral daquela Cidade através do asfaltamento de ruas seculares, dizendo ser essa Cidade um patrimônio mundialmente reconhecido. Comentou artigo recebido do Consulado dos Estados Unidos escrito pela Professora Dolores Palma, acerca de atividade desenvolvida pela Liga Nacional de Municípios daquele Pais, no sentido de recuperar centros urbanos de cidades relativamente antigas. A seguir, constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação estiveram: o Proje­to de Lei do Legislativo nº 79/93, tendo sido sua discussão adiada por cinco Sessões, a Requerimento, aprovado, do Vereador Luiz Braz; o Projeto de Lei do Legislativo nº 117/93, que teve sua discussão adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprova­do, da Vereadora Maria do Rosário; os Projetos de Lei do Executivo nºs 78 e 79/93, que a Requerimentos, aprovados, do Verea­dor João Verle, tiveram suas discussões adiadas por uma Sessão. Em discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 118/93, após ter sido encaminhado à votação pe­los Vereadores Clóvis Ilgenfritz e João Dib. Ainda, foram aprovados os seguintes Requerimentos: do Vereador Clóvis Ilgenfritz, solicitando seja dispensada a votação da Redação Final do Projeto de Lei do Legislativo nº 118/93; da Vereadora Maria do Rosário, de Voto de Congratulações com o Jornal Zero Hora e com o Grupo Institucional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente pela publicação do encarte especial: “Estatuto da Criança e do Adolescente: Instrumento de Cidadania”; do Ve­reador Airto Ferronato, de nº 283/93, solicitando seja encaminhado a todos os Deputados Federais e Senadores do Rio Grande do Sul a seguinte proposta quando da Revisão Constitucional: não será beneficiado como réu primário aquele que praticar crime de apropriação indébita de recursos públicos, exercer tráfico de influências junto a órgãos e entidades oficiais e crimes de proveito próprio ou de terceiros; e de nº 282/93, solicitando seja encaminhado a todos os Deputados Federais e Senadores do Rio Grande do Sul a proposta quando da Revisão Constitucional de que o crime de apropriação indébita de recursos públicos, tráfico de influências junto a órgãos oficiais e crimes de proveito próprio ou de terceiros seja imprescritível, este por votação nominal solicitada pelo Vereador Wilton Araújo, por dezenove Votos SIM, tendo votado os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Divo do Canto, Eloi Guimarães, Eliseu Santos, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Luiz Braz, Nereu D’Ávila e Pedro Ruas; e da Vereadora Helena Bonumá, solicitando a Renovação de Votação do Requerimento nº 276/93, que solicita Moção de Repúdio à Chefia da Casa Civil do Estado pelas declarações do seu titular, Senhor Sérgio Porto, à rádio Gaúcha e jornal Zero Ho­ra, no dia dezesseis do corrente, por dezesseis Votos SIM con­tra três Votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eliseu Santos, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, e Luiz Negrinho, votado Não os Vereadores Eloi Guimarães, João Dib e Luiz Braz e optado pela Abstenção os Vereadores Artur Zanella, Nereu D’Ávila, Divo do Canto e Mário Fraga. Este Requerimento foi votado nominalmente por solicitação do Vereador Wilton Araújo. Ainda, com relação aos Requerimentos do Vereador Airto Ferronato, ambos foram encaminhados à votação pelo Autor. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Pedro Ruas registrou a passagem dos sete anos de falecimento do Vereador Valneri Antunes, rememorando o trabalho de mobilização popular por aquele Edil. Comentou acerca de sua luta em prol das comunidades mais carentes, afirmando que o resultado de seu trabalho continua sendo a inspiração de seu Partido. Concluiu, dizendo que apresentará, amanhã, projeto de resolução concedendo o nome de Valneri Antunes à rampa de acesso a esta Casa, contando com o apoio de todos. Em EXPLICAÇÃO PESSOAL, o Vereador Antonio Hohlfeldt discorreu acerca dos cento e dez anos da Livraria do Globo e sobre a importância que Porto Alegre já teve no campo editorial brasi­leiro, trazendo, a partir dos anos trinta, o que havia de mais significativo na literatura brasileira. Mencionou, também, ou­tras boas editoras como a Mercado Aberto e a LPM que são rele­vantes para a literatura gaúcha, mas que não centralizamos mais esse espaço com a mesma importância editorial que já tivemos em décadas passadas. Falou, ainda, sobre as denúncias de corrupção no Congresso Nacional, no Governo do Estado e em outros órgãos públicos do País, que ocorrem em maiores ou menores proporções. Disse que este é um bom momento para não aceitarmos a legalização do “lobby”, que no seu entender é apenas a corrupção regulamentada e oficializada. Nada mais havendo a tratar, às quin­ze horas e quarenta e sete minutos o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores pa­ra a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimen­tal. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Wilton Araújo e secretariados pelo Vereador Airto Ferronato. Do que eu, Airto Ferronato, lº Secretario, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada será assinada pelo Senhor Presidente e por mim.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Wilton Araújo): Havendo quórum, estão abertos os trabalhos da presente Sessão.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

 De acordo com o art. 100, da Lei Orgânica do Município, escreveu-se o Sindicato dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio Grande do Sul, que irá discorrer sobre a situação dos pensionistas vinculadas ao IPERGS e outras questões relativas às reivindicações da categoria.

Temos, para honra da Casa, a Presidente do Sindicato, Ilma Srª Luzinette Alves Aragon, que está com a palavra a partir de agora.

 

A SRA. LUZINETTE ALVES ARAGON: Exmo Sr. Presidente da Câmara, Ver. Wilton Araújo; Exmo Sr. Airto Ferronato, Secretário desta Mesa; Exmos Srs. Vereadores, que aqui nos acolheram com o seu carinho. Neste momento, sinto-me até orgulhosa, e, porque não dizer, feliz, para, a princípio, dizer aos senhores do nosso contentamento, nós - como pensionistas do Estado - no qual tivemos um longo sofrimento, para que hoje pudéssemos neste momento dar ao conhecimento dos senhores alguma coisa que nos sirva tanto para nós, pensionistas dentro do Estado, quanto para os Srs. Vereadores, como conhecimento.

Antes de mais nada, desejo agradecer ao Ver. Jocelin Azambuja, que incentivou-nos a vir a esta tribuna.

Senhores, como sabem, o IPERGS sempre foi uma luta, um desejo da pensionista, para que pudéssemos sobreviver com, pelo menos, um limite daquilo que nos propôs os associados - os associados, que digo, são os do IPERGS - porque para nós, neste momento, gostaríamos de dizer o seguinte: “quando nos referirmos à pensão, estamos nos referindo à pensão deixada pelo associado do IPERGS.”

Vem de longa data, desde a criação do IPERGS, um sofrimento muito grande, em razão da miséria das pensões. Posteriormente, a Lei nº 5255, se não me falha a memória, do então Governador Dr. Ildo Meneguetti, conseguiu amenizar qualquer coisa. Em 1982, a Lei nº 7672, quando era Gov. Jair Soares. Em 1984, a pessoa que vos fala enviou, durante um ano nada pude fazer, porque a perda é de tal maneira sofrida que não deixa consciência a ninguém. No segundo ano, vi que não era suficiente a pensão, e nada tinha a ver com aquilo que meu marido, durante 35 anos, trabalhou, dentro do Estado, por que estava faltando comida na mesa, mesmo. Em 1986 criamos um grupo incentivado pela Rádio Gaúcha, “Gaúcha na Madrugada”, onde eu me queixava, e Jaime Constener disse: “Porque vocês não se unem?” Realmente, nos unimos e formamos um grupo. Perdemos em 1986 a 13ª pensão, em 1987 fundamos o Departamento de Pensões, junto à ASPIR, Associação que nos deu apoio, ensinamentos e aprendizados e da qual, ainda hoje, sou uma pequena aluna. Bem, dizendo isso, Senhores, quero passar à seguinte mensagem: Esta luta começou em 1987; posteriormente veio a Constituição Federal, para que nesta Constituição fosse colocada a sua totalidade.

Dando prosseguimento, a Constituição Estadual veio copiar a Constituição Federal. Então, nós viemos a ter o direito da pensão, a totalidade.

Mas esta não é a realidade. Nós nos preocupamos cada vez mais com essa totalidade, porque nos deparamos com uma dificuldade dentro do Estado, uma dificuldade dos governantes, para que isso venha a se concretizar.

Quero dizer que foi uma surpresa total, no Regime Jurídico Único do Estado, tomarmos conhecimento de que não constava o Capítulo de Pensões. Lembrarmos que no Regime Jurídico Único Federal, o servidor público federal tem um capítulo completo da totalidade das pensões.

Conversando com a Federação, com a FESSERGS e, a chamado da Comissão desse Regime Jurídico Único, nós colocamos o Capítulo das Pensões da sua totalidade. Vamos aguardar que o bom senso jurídico e social venha ampliar a cabeça dos governantes.

Fora isso, nós estamos enfrentando uma dificuldade imensa para obter uma pensão, pelo menos, paga simultânea com o aumento do servidor público. O IPERGS está nos repassando o aumento do servidor público, trinta dia após, fora constar que a própria Lei nº 9127, hoje, nada mais é do que uma lei provisória que obrigou o Estado a cumprir os 45%, mais 5% por dependente.

Então, essa Lei nº 9127 obriga o aumento por categoria, e o pagamento simultâneo. Isso não está acontecendo, e dou consciência aos Srs. Vereadores dessa horrenda, eu não sei nem como classificar porque, ainda há pouco, tivemos a oportunidade de impetrar um pedido de liminar para nos prevenir do aumento de setembro e nós tivemos a liminar negada por questão com um parecer operacional, quer dizer, Senhores, eu não consigo entender que questão operacional é essa que impossibilita de passar. Estão usando, e também nessa sentença ocorreu, o parágrafo segundo, do Art. 41 do Estado que diz que as contribuições serão repassadas quinze dias depois. Então, a impossibilidade não é operacional e sim é de numerário. Porque não é repassada essa diferença, por exemplo, se o aumento do funcionalismo público ocorreu em setembro, essa contribuição vai ser passada até dia quinze de outubro, por que não repassar essa diferença no mês de outubro para a pensionista, em folha suplementar ou na folha de pagamento de outubro. Ocorre o seguinte, antes era feito isso. Atualmente isso não está sendo feito por questão operacional. Na era do computador, não conseguimos entender isso. Então, Senhores, eu digo que continuamos com uma pensão lesada, continuamos com pensões não revisadas, com pensionistas que, se vivas fossem, estariam recebendo 60, 70. Ela hoje corresponde ao salário-mínimo, e a situação é mínima dentro do Estado, mas está acontecendo de atualizações não repassadas. Continuamos com o IPERGS, a mercê de sua vontade, continuamos, se não nos agilizarmos, se os senhores aqui presentes não nos derem força dentro do Estado, o IPERGS vai continuar fazendo o mesmo que fazia há 5, 10, 20 anos. Conheço o IPERGS, sei que é um círculo vicioso, é um hábito lesar a pensionista. É um desejo deles. Muitos dizem: “escuta, por que vocês querem ficar bem?”. Esquecem que passaram 30, 35 anos recolhendo do seu associado e tratam os seus dependentes como se restos fossem. Peço aos senhores que, mais uma vez, reforcem essa lei, a Constituição Estadual, e que dêem uma força imensa à pensionista do Município. Muito obrigada. Com o nosso carinho, nós, pensionistas, estaremos sempre à disposição dos senhores. Obrigada. (Palmas.)

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Jocelin Azambuja.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Srª Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos e Pensionistas do Estado do Rio Grande do Sul, amiga Luzinette Aragon, quem tem se desdobrado para vencer essas etapas lamentáveis por que passam as famílias dos pensionistas e aposentados do IPERGS. Saúdo o nosso Presidente da ASPIRGS, Dr. Plínio de Azevedo, que se faz presente, ele que acolheu, com seus colegas da Diretoria, o Sindicato. É importante que se ouça essa realidade. Quantos de nós não temos nas famílias alguém que esteja ganhando essa miserável pensão do IPERGS? Meu pai foi colega do Dr. Plínio, na Secretaria do Interior e Justiça, e a minha mãe recebe a maravilhosa pensão de um salário-mínimo, na verdade, porque, quando chegam a pagá-lo já está ultrapassado. Então, ela recebe menos de um salário-mínimo, quando, na verdade, deveria receber uma pensão que equivalesse a 3,5 salários mínimos. A Constituição foi aprovada e deveria ter sido cumprida, até hoje não foi. Posteriormente, através da legislação, foi regulamentado que as pensões deveriam ser revistas e pagas a partir de janeiro de 1990, se não estou enganado. Pois bem, o Estado reviu algumas pensões da Secretaria da Fazenda e da Brigada Militar, se não me falha a memória, e o resto ficou por aí. O resto está sendo feito, gradativamente, de acordo com os interesses do Estado e do Instituto de Previdência do Estado. Nós temos várias ações na justiça para reparar esse mal, que é uma vergonha para todos nós, porto-alegrenses, rio-grandenses, sabermos que o Instituto de Previdência do Estado não cumpre nem a legislação existente. De outra parte, mente-se e diz-se que está tudo normal, que está tudo sendo pago pelo Instituto de Previdência, quando não é verdade. Fico mais triste, eu que atuo junto ao Poder Judiciário, quando vejo a Presidente Luzinette dizer que pediu uma liminar e que o Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul teve a coragem de responder que, por questão operacional, não dá liminar. Que justiça é essa? Isso é uma vergonha, por isso quando se fala que todos os poderes têm que ser revistos nas suas posições, têm que ser examinados a fundo e hoje fazem CPIS para investigarem a propina em nível de Estado federal e, também, em nível de Município - como é o caso da FUNDATEC - tem que ser feito, também, dentro do judiciário, porque isso não é despacho que um Juiz possa dar. Isso é inadmissível, como já recebi inúmeros despachos que considero uma vergonha. O magistrado não tem que saber se o problema é operacional ou não, ele tem que dizer: cumpra-se ou não a lei. São duas opções, não existe a terceira opção. Vejamos a que ponto chegamos, o Judiciário é capaz de dar uma decisão de acordo com o interesse do Estado, ferindo a Lei. Eu fico pasmo quando vejo isso. Me dói porque trabalho há longos anos como advogado, no contato com o Judiciário do Rio Grande do Sul, e não é por nada que o CEPERS - Sindicato, e que outros sindicatos funcionais do Estado do Rio Grande do Sul, ficam pasmos quando vêem essas decisões da Justiça do nosso Estado, como eu também fiquei, quando entrarmos com a ação do Calendário Rotativo, em que o Pleno do Tribunal teve a coragem de dizer que aquilo era constitucional, quando é totalmente inconstitucional. Talvez o Supremo Tribunal repare, ainda, o erro do Judiciário do Rio Grande do Sul, mas realmente, temos que analisar e fazer CPIS em todos os órgãos deste País, em todos os poderes, e aí está uma prova de que no Poder Judiciário também temos que olhar atentamente para esse tipo de despacho, para esse tipo de postura. Ou então que não se façam mais leis, porque, senão, nós aqui faremos leis, a Assembléia fará leis, a Câmara Federal fará leis. E para quê? Se o Judiciário, na hora de cumprir ou de verificar se foi cumprida a Lei, dirá que depende de detalhes técnicos e de outras coisas. Isso realmente é lamentável.

Eu solidarizo-me com Srª Presidente e com todos os pensionistas e aposentados, que sofrem essa degradação de desrespeito moral por quem produziu durante 30 ou 35 anos, recolhendo corretamente e compulsoriamente na folha de pagamento, e não têm o direito de os seus familiares viverem com dignidade. Eu digo que me revolto, pois se a minha mãe não tivesse os filhos, não poderia sobreviver com menos de um salário-mínimo por mês. É uma vergonha. Meu pai trabalhou 35 anos no Estado e foi um funcionário exemplar, deixando apenas isso para minha mãe. Espero que a Bancada do Governo aqui desta Casa se faça presente, duramente, perante o Governador do Estado, perante o Presidente do IPERGS, e cobre uma posição de respeito aos nossos pensionistas do Estado do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Registramos, com satisfação, a presença, nas galerias, da 3ª série do 1º grau, do Colégio Israelita, dos alunos e das Professoras Rosa Maria Vijarde e Mara Saraiva. Agradecemos a presença e esperamos que aprendam um pouco do funcionamento desta Casa, o que será importante para a manutenção da democracia e entender como ela funciona.

Está com a palavra o Ver. José Gomes.

 

O SR. JOSÉ GOMES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Srª Representante do Sindicato. A situação de penúria que vivem os pensionistas do IPERGS não é de hoje. Em 1987 foi instaurada, na Assembléia Legislativa, uma CPI para estudar o problema do IPERGS. Tenho aqui o resultado do trabalho daquela Comissão, o qual não tive tempo de estudar - estou lendo de última hora - mas estou estupefato com o que está registrado no relatório final da CPI e com as declarações da representante do Sindicato. Passados 6 anos, o IPERGS em nada mudou; sou amigo de vários pensionistas do Instituto que me relataram a mísera pensão recebida por uma vida de contribuição feita pelo servidor do Estado. O Presidente daquela Comissão, Dep. José Fortunati, afirma o seguinte: “O servidor público estadual destina ao IPERGS 9% de seus vencimentos para garantir à sua família e a seus dependentes assistência à saúde, em caso de sua falta.” Recebem uma mísera pensão, muitas vezes paga com atraso. Venho da Associação dos Cabos e Soldados e convivo com as esposas pensionistas de ex-policiais e vejo nos seus contracheques pensões menores do que o salário-mínimo. No desenrolar daquela CPI, detectou-se uma dívida do Estado para com o IPERGS impagável, que chegou ao montante, na época, em cruzados, de quatorze bilhões, quinhentos e quarenta e oito milhões, setecentos e cinqüenta mil e trezentos e cinco cruzeiros. Ora, em 1977, o Governo do Estado arrecadava esse dinheiro dos funcionários do Estado, e não repassava para os cofres do IPERGS. Está aí a origem de toda essa celeuma causada no endividamento do IPERGS com o atraso das pensões, pagamentos menores que o salário-mínimo, a origem está aí, uma dívida impagável, da qual o Estado recolhe mensalmente de cada servidor desse Estado e que não repassa aos cofres do IPERGS, chegam até o absurdo de não recolherem as quotas médicas para os médicos que dão assistência, fazendo com que a qualidade do atendimento caia, e onde os servidores são, muitas vezes, responsabilizados pelo não-cumprimento do atendimento, e nós, como pensionistas e beneficiários do IPERGS, somos obrigados a, muitas vezes, ter que ver, nos jornais a elevação da contribuição da quota, de pagamento para o médico, que o IPERGS quer ressarcir-se, então, transfere ao beneficiário, o ônus dessa dívida. É lamentável, situações como essa já vêm de governos passados; posso citar com toda a franqueza o Governo do PMDB, que foi o responsável pelo não-cumprimento: depois o Governo do Sr. Sinval Guazelli, e agora estamos assistindo no Governo do Dr. Alceu Collares. Será que neste Estado não vai ter um bom governante que se preocupe com o pensionista? Uma sociedade que tem os seus seguidores, que após trinta anos de contribuição, são jogados na marginalidade, viver a mercê da sociedade sem uma assistência médica e com uma pensão abaixo de um salário-mínimo, é deplorável. No dia em que este País tiver um governante que se preocupe com os aposentados, com os pensionistas, nós teremos uma sociedade de fato igual e compreendida por todos. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Não há mais inscrições por parte das Bancadas para manifestarem-se sobre a Tribuna Popular. Vamos agradecer a presença da Presidente Luzinette Alves Aragon que muito honrou esta Casa com sua presença e com as informações que tenho certeza a Câmara Municipal no seu conjunto, naquilo que for da sua alçada, irá participar, pressionar e tentar de alguma forma viabilizar essa luta de vocês que também é nossa.

 

O SR. PRESIDENTE: Passamos à

 

PAUTA ESPECIAL

 

6ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2502/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 72/93, que estima a Receita e fixa a Despesa da Administração Direta do Município para o exercício econômico-financeiro de 1994.

 

PROC. Nº 2504/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 74/93, que estima a Receita e fixa a Despesa da Fundação de Educação Social e Comunitária para o exercício econômico-financeiro de 1994.

 

PROC. Nº 2505/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 75/93, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Limpeza Urbana para o exercício de 1994.

 

PROC. Nº 2506/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 76/93, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Habitação, para o exercício econômico-financeiro de 1994.

 

PROC. Nº 2507/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 77/93, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Água e Esgotos para o exercício econômico-financeiro de 1994.

 

O SR. PRESIDENTE: Não há oradores inscritos para discutir a Pauta Especial. Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2398/93 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 32/93, do Ver. Luiz Braz, que altera o artigo 21 da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, na redação dada pela Lei Complementar nº 209, de 28 de dezembro de 1989.

 

PROC. Nº 2616/93 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 32/93, da Mesa, que altera a Resolução nº 1214, de 26.08.93, que cria Comissão Especial para examinar os Projetos de Resolução nºs 01/93 e 14/93, que alteram e acrescentam dispositivos à Resolução nº 1178, de 16.07.92 (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre).

 

3ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2510/93 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 10/93, que institui hipóteses de responsabilidade pelo pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Antonio Hohlfeldt, que desiste. 

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

Com a palavra, o Ver. Jair Soares. Ausente; Ver. João Dib. Ausente; Ver. João Motta. Ausente; Ver. João Verle. Ausente. Com a palavra, o Ver. Jocelin Azambuja.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós vimos neste fim de semana um fato lamentável sobre todos os aspectos; a perda de uma vida, de um menino de quinze anos na “Cervejaria Berlim”. Nós entramos com um projeto de lei nesta Casa que retira o alvará de funcionamento das casas noturnas, dos bares, restaurantes, enfim, casas que vendam ou sirvam bebidas a menores de dezoito anos. A legislação que temos hoje, a Legislação Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente, há pouco tínhamos aqui presentes, estarão, agora na parte da tarde, continuando os trabalhos da CPI Federal que envolve a questão da prostituição infantil que é, nada mais, nada menos que o desrespeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente e nós quando lançamos este Projeto de Lei nesta Casa, que está tramitando, que visa retirar o alvará destas empresas que vendem bebidas alcoólicas a menores, buscamos, nada mais nada menos, que fazer cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente que expressa que quem vender ou servir bebidas alcoólicas a menores ou adolescentes, menores até doze anos - adolescentes de doze a dezoito anos, será dada pena criminal, envolve processo criminal sujeito à prisão de três meses a dois anos a outras sanções penais. A mesma coisa a Lei de Contravenções Penais já existente também coloca esse fato, mas, lamentavelmente, nós continuamos vendo em Porto Alegre, nos bares, nas casas noturnas de Porto Alegre, menores de idade, com qualquer idade, sem acompanhamento dos pais, sem nada, estarem tomando bebida alcoólica, como eu pude presenciar na Cervejaria Berlim porque fui uma noite lá levar minhas filhas para conhecer. Eu tenho uma moça de dezesseis e uma de treze anos e fiquei pasmo quando vi que lá crianças de treze, quatorze, quinze, dezesseis anos bebem à vontade e é servido à vontade. Claro, que a noite só pode terminar como terminou essa. Eu estava lá na frente, na noite que levei minhas filhas, saí um pouco e depois retornei. Eu estava estacionando o carro e estava chegando um grupo de jovens, inclusive com garrafão de vinho nas costas, todos bêbados e aí quiseram entrar na cervejaria e daqui a pouco começaram a jogar pedras e se armou ali uma batalha campal, chegaram os segurança e acalmaram e eu disse: deixa eu salvar os meus. Fui lá e pude verificar que, realmente, a situação é de venda, com tranqüilidade, para todos. Por isso que tenho que dizer aos Senhores Vereadores que nós, como legisladores desta Cidade, temos que ter a preocupação de preservar as nossas gerações futuras o que, lamentavelmente nós, como sociedade, não temos sabido fazer. Os Senhores se recordam que nos Estados Unidos, País considerado berço da democracia, das liberdades e tudo mais lá um menor de vinte e um anos, se lhe for vendida ou oferecida uma bebida alcoólica, o mínimo que acontece é ele ser preso, ser processado e a casa, fechada, como lembra muito bem o Ver. Pedro Américo Leal. É o que estamos propondo em nosso Projeto de Lei: cassação do alvará. E aqui, Senhores, não temos sabido preservar nossa juventude. Isso é em Nova Iorque, considerada a metrópole do mundo. Se formos pesquisar em nossas cidades, quer na capital, quer no interior, e perguntarmos o que mais cresceu, veremos se foram as casas noturnas, os bares, os pontos de venda de bebida alcoólica. Essa é a opção de lazer que temos dado aos nossos jovens, aos nossos filhos, é a opção de deformação da juventude. Os países desenvolvidos tratam com muita dureza essa questão da bebida alcoólica ou qualquer outro tipo de vício, porque eles sabem que se comprometerem sua juventude, eles não têm futuro como sociedade. Mas, daí, podem dizer que lá também existem jovens menores de vinte e um anos que bebe. Claro, é evidente que a burla de lei existe em todas as partes do mundo, mas essa possibilidade é muito menor lá do que aqui. Até porque aqui não existe nenhum controle da lei. Então, o que aconteceu na Cervejaria Berlim e que tem acontecido em outros locais de Porto Alegre, quando não termina em morte, acontecem as pancadarias e agressões. É só pegar as ocorrências no Hospital de Pronto Socorro, nos fins de semana, por problemas de alcoolismo e tudo mais. Então, Senhores Vereadores, é hora de olharmos essa questão com mais profundidade. Por isso, a minha preocupação em fazer agilizar este processo rapidamente para que assim que esteja aprovado - e tenho certeza de que esta Casa aprovará - possamos fazer com que a SMIC, os órgãos municipais tomem as atitudes imediatas para coibir esse procedimento a acabar com essas casas que vendem bebidas alcoólicas a menores. Se os pais são irresponsáveis, não pode, também, o Poder Público, omitir-se. Porque um pai ou uma mãe que permitem que seu filho vá lá, beber do jeito que quiser, é um irresponsável também. Há falta de responsabilidade dos pais, mas não se justifica que a sociedade inteira se omita.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Fico muito satisfeito em ver que V. Exª hoje está aderindo a minha forma de abordar o assunto, ou eu não percebia que V. Exª era do meu parecer. São dois juizes, uma juíza, de Cachoeirinha, e um Juiz, de Carlos Barbosa, que fazem cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente. A parte assistencial eu sempre elogiei; critico é a parte infracional. V. Exª tem razão, essa tal de Cervejaria Berlim já andou fechada, agora está aberta, ninguém sabe quando está fechada ou quando está aberta, agora, todo mundo sabe que é um lugar de alterações. Nós temos é que cumprir a Lei! Muitas vezes eu silencio e saio de perto até dos meus companheiros. A sociedade tem que acreditar numa lei: castigo e recompensa. Não existe outra alternativa. Não pode se fazer, não vai fazer; pode fazer, faça. Agora, nós ficamos com panos quentes e estamos perdendo o Brasil!

 

O Sr. Antonio Hohlfeldt: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Jocelin, talvez não por acaso eu hoje dei entrada justamente num Pedido de Providências também num bar-restaurante que existe na Rua Dom Diogo de Souza, exatamente ao lado do Colégio São Judas Tadeu, que vende, descaradamente, bebida alcoólica para os estudantes que, às vezes, matam aula para se deslocar até esse bar para passar o tempo e acabem ingerindo bebida alcoólica, o que acaba gerando brigas, depois, na saída do colégio, sobretudo entre os alunos do segundo grau. Eu tenho uma idéia de que existiria, tramitando na Casa, um Projeto de Lei, se não me engano da Verª Letícia Arruda, intervindo nessa questão. Mas, independente do Estatuto da Criança, que já define isso, nós é que temos que fazer com que se cumpra e é o que estou querendo que a SMIC faça, que identifique a legislação e a faça cumprir. E se não existir, estou de pleno acordo, temos que fazer com que passe a existir. O que não podemos aceitar são situações como esta da Cervejaria Berlim que até agora não disse porque veio, porque realmente só conseguiu criar problemas. O cidadão que investe milhões de cruzeiros depois desconhecer que tem que ter sprinter para garantir a segurança contra incêndio, tem que ter saídas de segurança e que não pode fazer barulho. Isto é primário. E que além do mais a toda semana enfrenta problemas deste tipo, ou é morte, ou bandalheira, ou tiros, ou bêbados, ou dejetos jogados por todos os lados. Realmente, é uma situação inusitada, quer dizer, se abre um negócio privado para atrapalhar, senão toda a Cidade, pelo menos boa parte dela. Apóio V. Exª.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, realmente merece de nós uma ação especial, e me congratulo com o Ver. Pedro Américo Leal, com o Ver. Antonio Hohlfeldt, porque comungamos da mesma idéia. Temos obrigação, como sociedade, de impor normas para o convívio. E uma delas, quando falei que há pais que não são responsáveis, há pais que são extremamente responsáveis, que seus filhos saem de casa e que não tem consciência que estes lugares estão abertos a qualquer um. Muitos pais pensam que existem normas para um menor entrar numa casa noturna. Mas, não existe em Porto Alegre por omissão de todos os órgãos públicos. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O próximo orador inscrito no Grande Expediente é o Ver. Antonio Hohlfeldt, em tempo cedido pelo Ver. José Gomes.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nesta intervenção quero referir um artigo publicado na revista Norte americana Comunication Chanels da American City Country de outubro do corrente ano, a respeito de dez caminhos de revitalização dos centros urbanos das cidades americanas. É uma referência que nos interessa aqui em Porto Alegre.

No entanto, antes quero apenas antecipar uma providência que estou tomando para a próxima quarta-feira, que é a apresentação de uma Moção de Protesto à Prefeitura de São João Del Rey a ser avaliada pelos nossos companheiros de Plenário, a respeito do que vem fazendo o Prefeito daquela Cidade, Sr. Nivaldo Andrade, e independente da questão partidária, quero deixar bem claro, pois conheço Prefeitos do PPR que têm feito excelente trabalho na área cultural, não é por que é do PPR, ou de qualquer outro partido, atua bem ou atua mal, mas este cidadão vem descumprindo a legislação atinente ao Patrimônio Histórico, e agora vem descumprindo, inclusive, decisões da Presidência República e do Judiciário e está realmente descaracterizando a cidade de São João Del Rey. Acho que esta Cidade não é patrimônio de um Prefeito, de uma administração, ela é inclusive patrimônio mundial, tombado pelo UNESCO, que é um órgão internacional e, portanto, evidentemente não vai ser, com o perdão da má palavra, um prefeitinho, porque se comporta como tal, que vai realmente acabar com alguma coisa que é a história brasileira e que é a história mundial que têm como referência nessas localidades. Mas, quero deixar esse assunto para a próxima quarta-feira quando discutirmos e votarmos essa Moção de Protesto. Quero referir exatamente nesse artigo que recebi através do Consulado Americano, que é exatamente um artigo da Profª Dolores Palma a respeito de uma iniciativa que a Liga Nacional de Municípios dos Estados Unidos vem desenvolvendo desde 1972, portanto dez anos de existência no sentido de revitalizar, de recuperar centros urbanos de cidades, relativamente antigas, cidades que já têm alguma história, pelo menos um século de existência, centros urbanos que evidentemente estão situados nas áreas nobres das cidades, chamados down town, centros dos Municípios e que por motivos óbvios da dissolução desses prédios, da passagem do tempo são prédios antigos e como nós sabemos é costume nos Estados Unidos as municipalidades interditarem os prédios, mais adiante derrubarem os prédios e reconstruírem. No entanto, boa parte desses prédios apresentam uma história viva do próprio Município, da própria Cidade. Então, como ocorre em Porto Alegre. Todos nós devemos lembrar que há menos de cinco ou seis anos, áreas como a Siqueira Campos, Sete de Setembro, a própria Mauá mais para os lados da Usina do Gasômetro estavam praticamente decadentes, tínhamos boa parte com ameaça de queda, não era mais de tombamento, era de queda dos prédios, de caírem os prédios, boa parte transformados em bordéis, ou hotelzinhos de encontro de quinta categoria e que isso, realmente, destruía o Centro da Cidade e impedia a presença dos cidadãos. Nos últimos anos, no entanto, a municipalidade passou a intervir nós tivemos a construção de alguns centros culturais ou a recuperação de prédios como foi todo o trabalho da área do Município na gestão do Prefeito Collares em relação à Usina do Gasômetro e tem continuado neste momento com a Administração Olívio Dutra e a Administração Tarso Genro. Tivemos a recuperação do antigo Hotel Magestic transformado na Casa de Cultura Mário Quintana através do Governo do Estado e com isso se abriu todo um corredor de recuperação no Centro da Cidade para não se mencionar obras anteriores, incentivos anteriores, incentivos que ainda no tempo do Prefeito Vilella se havia dados em relação a velha Farmácia Carvalho, Cinema Guarani e Imperial que fez com que realmente o Centro da Cidade gradualmente esteja-se revitalizando. Pois neste artigo da revista americana nós verificamos que hoje existe, nos Estados Unidos, pelo menos 210 Municípios médios que vem investindo pesadamente na recuperação dos seus centros urbanos e alguns caminhos são indicadas, 10 grandes linhas, digamos assim, de possibilidades de recuperação que eu queria, aqui, citar, rapidamente, na referência dessa matéria que eu acho que nos interessa para Porto Alegre. O primeiro é aquilo que eles chamam da iniciativa do “Tente a Verdade”, coisa que nós vamos tentar fazer agora com o Mercado Público de Porto Alegre, ou seja, recuperar a função original daquele prédio, daquele equipamento, recuperando o prédio, mas devolvendo também a função que em décadas, às vezes, até em séculos passados, havia se desenvolvido ali e que depois foi sendo perdido com o passar do tempo, com as modificações dos usos e costumes. A segunda possibilidade é da implantação de atividades progressivas que tentam, então, equilibrar aquela função original e antiga com a função nova e contemporânea. Então, por exemplo, primeira coisa fundamental é a associação entre a municipalidade e o setor privado e eu quero mais uma vez chamar a atenção da Associação dos Usuários do Mercado Público, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que vem buscando exatamente essa compatibilização, inclusive a SMIC está lançando, junto com a Secretaria Municipal de Cultura, uma coleção de cartões postais do velho Mercado, em que numa face nós temos a foto histórica do século passado e na outra face temos a foto contemporânea onde hoje se encontra aquele espaço do Mercado Público. Existe já uma maquete de todo o projeto de recuperação do prédio que me parece que é uma coisa extremamente importante para a cidade de Porto Alegre. Inclusive nos devolvendo uma paisagem urbana que refere a nossa tradição ibérica, dos velhos pátios, com grandes arcadas, referenciais dos mosteiros de Espanha e de Portugal, com toda a influência da arquitetura arábica e que foi sendo perdida na medida em que se ocupou o espaço central do Mercado, se tapou isso tudo e nós não sabemos mais o que existia, qual era exatamente a definição, a constituição física desse prédio. Uma outra possibilidade é a valorização do centro urbano, enquanto uma parte viva da história da Cidade, coisa que também tem sido feita na cidade de Porto Alegre, nas últimas gestões. Eu lembraria que o Largo Glênio Peres, inclusive, a colocação do velho bonde, tenta exatamente essa valorização. Agora, a recuperação do velho prédio da Casa Guaspary é também mais uma tentativa de se transformar uma área que tradicionalmente vinha sendo infestada por vagabundos, por assaltantes, por traficantes, no sentido de que nós passamos ter uma Cidade viva, com a presença do cidadão e que isso centralize atividades como temos tido ao nível cultural, ao nível da cidadania, inclusive nos finais de semanas, nos finais do dia e assim por diante. Uma outra questão básica é a analise de mercado, uma cultura eminentemente capitalista como a americana, é importante que se tenha claro que recuperar o centro da cidade, valorizar a tradição do patrimônio histórico não é apenas uma coisa de benemerência, de apoio cultural, tem que dar retorno capitalista, tem que dar retorno de mercado. E o que se tem visto nas experiências americanas é exatamente, na medida que se faz esta recuperação, se fazem esses investimentos, tanto a entidade privada, ou seja, tanto capital privado quanto investimento público municipal ou estadual, acabem dando excelente retornos porque se ampliam os negócios e quando se ampliam os negócios evidentemente se amplia também o resultado através dos impostos das taxas relativas a essas atividades.

Nesse sentido, uma coisa que hoje se faz muito em algumas zonas de nossa Cidade, mas ainda não tem não sido uma prática comum, são os chamados projetos conjuntos, as promoções conjuntas de determinadas áreas da Cidade. Por exemplo: nós temos a Associação dos Amigos da Av. Cristóvão Colombo, temos a Associação dos Amigos da Azenha. São entidades que congregam não só moradores, e me lembro que também, no 4º Distrito, congrega não só moradores, como os comerciantes, como todos aqueles que têm atividade numa determinada região da Cidade. Essa congregação, essa junção de esforços pode fazer com que realmente haja uma recuperação dessas regiões. Outro dia eu comparecia ao colégio São Judas Tadeu lá na zona norte e uma professora de 3ª série que, mediante acordos, convênios com escolas, se aceitasse esse tipo de iniciativa, se fizesse um levantamento de pontos turísticos de bairro a bairro, levantamento esse que seria feito pelas escolas, pelos alunos, pelas professoras, identificando os pontos turísticos do bairro e que depois isso seria centralizado num banco de dados da EPATUR para o desenvolvimento de um turismo doméstico. Por exemplo, este grupo de alunos que hoje nos visita, do Colégio Israelita, poderia fazer esse tipo de tarefa e depois trocar esse tipo de informações com escolas de outros bairros da Cidade. Certamente os nossos alunos, os nossos jovens, as nossas crianças conheceriam bem mais o seu Município e poderiam nesse sentido valorizar as coisas que têm. Muitas vezes fazemos viagens tão longínquas para conhecer outras cidades, outras coisas e não nos damos conta de que temos excelentes atrações, que temos uma história extremamente importante em relação ao nosso bairro, muitas vezes, até a nossa rua. Por outro lado, existe também a possibilidade da recuperação das velhas imagens ligadas a essa idéia da história pretérita da rua, do bairro, do Município. Nós temos personagens históricos, personagens que têm uma relevância na história brasileira, por exemplo, na história provincial, que não sabemos que nasceram no nosso bairro e que até mesmo nasceram na nossa rua. Desconhecemos, salvo a frase pequenina de referência, quem são os homens que dão nome às ruas, às praças em que residimos ou próximo das quais residimos. É por aí que se poderia avançar numa transformação da Cidade em potencial, desta Cidade que está aí no dia-a-dia contemporaneamente, mas que se anonimiza pelo ritmo que nós vivemos, que a própria Cidade vive enquanto megalópole, mas que poderíamos transformar em uma coisa viva, significativa, uma coisa que culturalmente nos desse a nossa identidade através desse acompanhamento. Parece-me significativo que seja oriundo dos Estados Unidos, um país que vive na radicalidade do capitalismo, esse tipo de preocupação. Talvez exatamente o contrário do que pensam os pobres neoliberais deste País, cultura também pode ser um bom investimento, um bom retorno e, sobretudo, porque a identidade da gente também nos ajuda a nos sentirmos bem. Fica aqui esse registro, sobretudo quando a Prefeitura de Porto Alegre e esta Casa, através do Vereador Ferronato e outros, têm-se preocupado com a questão turismo e também com a questão cultural e a junção disso tudo. Parece-me que as coisas não são opostas e que poderíamos apostar um pouco mais nesses caminhos e coincidências.

Era isso. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Requerimento, de autoria do Ver. Clovis Ilgenfritz, que solicita que o Proc. nº 2306/93, fls. 8, pudesse ser votado em primeiro lugar, visto que nós estamos participando de uma outra Comissão neste momento.

Eu quero informar ao Ver. Clovis Ilgenfritz, que é o autor do PLL nº 118/93, que à exceção do de sua autoria, os demais têm Requerimento para adiamento. Então será o único votado, se os Requerimentos forem aprovados.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. Nº 1538/93 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 79/93, do Ver. Luiz Braz, que dá nova redação ao art. 14 da Lei nº 3790, de 5 de dezembro de 1973, que estabelece normas para a exploração de serviços de táxis e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Rel., Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;

- da CUTHAB. Rel., Ver. Clovis Ilgenfritz: pela rejeição; e

- da CEDECON. Rel., Ver. Gerson Almeida: pela rejeição.

 

O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Luiz Braz, solicitando que o PLL nº 79/93 tenha adiada a sua discussão por 05 Sessões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. Nº 2286/93 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 117/93, da Vereadora Maria do Rosário, que denomina Praça Crianças da Candelária um logradouro público, no bairro Rubem Berta.

 

Pareceres:

- da CCJ. Rel., Ver. José Gomes: pela aprovação;

- da CUTHAB. Rel., Ver. Luiz Negrinho: pela aprovação; e

- da CEC. Rel., Ver. Jocelin Azambuja: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria da Verª Maria do Rosário, solicitando que o PLL nº 117/93 tenha adiada a sua discussão por 02 Sessões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. Nº 2306/93 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 118/93, do Vereador Clovis Ilgenfritz, que denomina Rua Osório Mendes Ouriques um logradouro público localizado no Bairro Guarujá.

 

Pareceres:

- da CCJ. Rel., Ver. João Motta: pela aprovação;

- da CUTHAB. Rel., Ver. Luiz Negrinho: pela aprovação; e

- da CEC. Rel., Ver. Jocelin Azambuja: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 118/93. (Pausa.) Em votação. O Ver. Clovis Ilgenfritz está com a palavra, para encaminhar.

 

O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhores e senhoras que participam desta Sessão. Faço questão de encaminhar rapidamente a votação favorável a este Projeto de Lei, também em consideração às pessoas que representam a comunidade que solicitou este Projeto. Estão aqui o Sr. Estêvão Melnitzki, Presidente da Associação Jardim das Acácias, e também, a Srª Julieta Rosa Ouriques, que é viúva do senhor que hoje está sendo homenageado e que nós sugerimos como nome de uma Rua, o Sr. Osório Mendes Ouriques. Acontece que este Vereador foi honrado com a visita da comunidade e, no dia 30 de junho, recebeu um Oficio, acompanhado de um abaixo-assinado da Associação dos Moradores do Jardim das Acácias, situada na zona sul de Porto Alegre, Bairro Guarujá, com sede na chamada Rua Beco do Osório. A reivindicação de mais de 60 moradores daquela Rua, até então chamada Beco, é para que o nome fosse consagrado definitivamente com o nome do Sr. Osório Mendes Ouriques, que foi morador antigo daquela Rua e, como diz a Exposição de Motivos que nós apresentamos, faz um histórico da sua vida, dedicada aquele Bairro, àquela comunidade, um homem de bem, um homem que sempre fez o bem e, principalmente, um homem que tinha muitos amigos e foi muito respeitado naquela região. Nós não temos nenhuma dúvida que esta Câmara, a cidade de Porto Alegre, está homenageando um cidadão que viveu durante toda a sua vida nesta localidade e que merece de nós todo o respeito, consideração, um homem simples, um homem do povo, um homem que batalhou pela justiça social no seu Bairro. Eu acho que nós, a medida que aprovamos esta homenagem, dando o nome da Rua, hoje chamada Beco do Osório, que já está consagrada com o nome do próprio cidadão, como nome de Rua, abolindo o termo “Beco do Osório”, passando a ser Rua Osório Mendes Ouriques.

Não pedimos apoio dos Srs. Vereadores e homenageamos também a família representada pela Srª Julieta e os demais moradores daquele Bairro da nossa Cidade. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Inscreve-se, para encaminhar, pelo PPR, o Ver. João Dib.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, meus Senhores e minhas Senhoras. A Bancada do meu Partido vota favoravelmente e encaminha favoravelmente a votação. Até porque já tínhamos providenciado essa denominação quando houve problemas com a SMOV sobre o fornecimento do croquis. E nós, entendendo que o Ver. Clovis Ilgenfritz queria colocar outro nome, resolvemos encaminhar as pessoas ao Ver. Clovis, que, diligentemente, educadamente, polidamente, eticamente, aceitou a sugestão da coletividade.

Realmente, Osório Mendes Ouriques foi uma pessoa extremamente simples, boa, loteou aquela área, cuidou daquela área e fez com que os que hoje lá moram tenham um ambiente sadio e bom. Como Secretário de Obras, dezenas de vezes o recebi, com sua esposa, sempre atento aos interesses daquela coletividade. Ele como loteador havia vendido a área e poderia se desinteressar. Mas, em momento algum ele se desinteressou. Ele sempre esteve atento, buscando todas as soluções que fossem possíveis, para que aqueles moradores tivessem melhores condições de vida. Água, lixo, tudo isso era cuidado por ele para que aquela comunidade pudesse morar melhor. É por isso que a Bancada do meu Partido vota favoravelmente e sei que o Plenário todo votará favoravelmente. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais quem queira encaminhar, em votação o PLL nº 118/93. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Clovis Ilgenfritz, solicitando que o PLL nº 118/93 seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. Nº 2561/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 78/93, que autoriza a doação de terreno à União Federal para implementação de Centro de Atenção Integral à Criança - CAIC, em Porto Alegre, e dá outras providências. (URGÊNCIA)

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CFO, CUTHAB, CEC e COSMAM. Relator-Geral, Ver. Dilamar Machado: pela aprovação.

O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. João Verle, solicitando que o PLE nº 78/93 tenha adiada a sua discussão por 01 Sessão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. Nº 2562/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 79/93, que autoriza a doação de terreno à União Federal para implementação de Centro de Atenção Integral à Criança - CAIC, em Porto Alegre, e dá outras providências. (URGÊNCIA)

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CFO, CUTHAB, CEC e COSMAM. Relator-Geral, Ver. Dilamar Machado: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. João Verle, solicitando que o PLE nº 79/93 tenha adiada a sua discussão por 01 Sessão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa submete ao Plenário o seguinte Requerimento: da Vereadora Helena Bonumá, solicitando a Renovação de Votação do Requerimento nº 276/93, que solicita Moção de Repúdio à chefia da Casa Civil do Estado pelas declarações do seu titular, Senhor Sérgio Porto, à rádio Gaúcha e jornal Zero Hora, no dia dezesseis do corrente. Em votação. (Pausa.) Não havendo quem queira encaminhar, com a palavra, o Sr. 1º Secretário para a chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 16 Srs. Vereadores votaram SIM, 03 Srs. Vereadores votaram NÃO e 04 Srs. Vereadores ABSTIVERAM-SE de votar.

 

O SR. PRESIDENTE: APROVADO o Requerimento da Verª Helena Bonumá.

 

(Votaram SIM os Vereadores Airto Ferronato, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eliseu Santos, Fernando Záchia, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, e Luiz Negrinho. Votaram NÃO os Vereadores Elói Guimarães, João Dib, e Luiz Braz. ABSTIVERAM-SE de votar os Vereadores Artur Zanella, Nereu D’ Ávila, Divo do Canto e Mario Fraga.)

 

O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa dois Requerimentos de autoria do Ver. Airto Ferronato: de nº 283/93, solicitando seja encaminhado a todos os Deputados Federais e Senadores do Rio Grande do Sul a seguinte proposta quando da Revisão Constitucional: não será beneficiado como réu primário aquele que praticar crime de apropriação indébita de recursos públicos, exercer tráfico de influências junto a órgãos e entidades oficiais e crimes de proveito próprio ou de terceiros;  de nº 282/93, solicitando seja encaminhado a todos os Deputados Federais e Senadores do Rio Grande do Sul a proposta quando da Revisão Constitucional de que o crime de apropriação indébita de recursos públicos, tráfico de influências junto a órgãos oficiais e crimes de proveito próprio ou de terceiros seja imprescritível.

Em votação os Requerimentos. Com a palavra, o Ver. Airto Ferronato, que encaminha ambos os Requerimentos.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, em licença médica desde a semana passada tive mais tempo para ler jornais e ouvir as notícias que se deram neste País. Enquanto que alguns poucos roubam muito, mitos sequer comem. Lamentavelmente, desculpem-me aqueles que não entendem dessa forma, elementos do nosso Partido estão sempre envolvidos nessas histórias e eu diria o seguinte, a começar pelo meu Partido o PMDB, o PTB, o PPR, e o PFL. Lamentavelmente, não dá para se esconder essas notícias e a sociedade sabe muito bem. São sempre os mesmos partidos, até hoje, que não estão envolvidos. Então, temos alguns membros de alguns partidos, inclusive o meu, que estão sempre envolvidos em algumas coisas e outros, até o presente momento, que não. Esta é a realidade nacional e eu acredito e gostaria de dizer que o PT, PSB, partidos do Rio Grande do Sul, PMDB, PC do B, PSDB, PPS, etc., nós do Rio Grande do Sul, não podemos conviver com esse tipo de história. Acredito que restam três caminhos ao PMDB do Rio Grande do Sul. O primeiro deles: aguardar um pouco e rezar muito, para verificar se aparecem as verdades. Vejam que não estou acusando ninguém. Eu estava em casa ouvindo, vendo e lendo. Caso se apurem as verdades, que sejam punidos rigorosamente aqueles que, efetivamente, estão envolvidos. É muita loteria esportiva para um homem só. Se isso não ocorrer, na minha visão, o PMDB do Rio Grande do Sul tem dois caminhos. O primeiro é o de largar o barco e formar um novo Partido a partir do Rio Grande do Sul; ou, largar o barco e partir para outro Partido a partir dos partidos que já existem. Não sou eu quem estou dizendo, eu apenas li. Temos essa realidade. Ainda ontem, ouvi: “vocês estão sempre envolvidos!”. É verdade. Lamentavelmente, essa é a dura realidade. Basicamente, estou dizendo o seguinte: não pode haver neste País o beneficio do réu primário para corrupto, tráfico de influência, etc. Não pode haver, também, a prescrição para esse tipo de crime no País. Acredito que é uma necessidade imperiosa. Por fim, nós peemedebistas do Rio Grande do Sul, esperamos que o que dizem os nossos companheiros de Partido em nível nacional, não seja verdade. Esperamos que os nossos companheiros não estejam envolvidos nisso, porque é um fiasco generalizado. Enquanto, de um lado, milhões de pessoas morrem de fome, não têm o que comer, neste País se convive diariamente com notícias desse nível, de pessoas que se aproveitam da impunidade nacional para obter benefícios próprios. Esperamos que se apure a verdade. Se esta verdade for apurada e se há envolvidos no PMDB em nível nacional, eles têm que ser punidos. Caso não sejam punidos, nós do PMDB do Rio Grande do Sul temos que pegar o boné e ir embora. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais quem queira encaminhar, em votação o Requerimento de nº 283/93. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Para o Requerimento de nº 282/93 solicito votação nominal. Com a palavra, o Sr. Secretário para a chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 19 Srs. Vereadores votaram SIM.

 

O SR. PRESIDENTE: APROVADO o Requerimento de nº 282/93, de autoria do Ver. Airto Ferronato.

 

(Votaram SIM os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Divo do Canto, Elói Guimarães, Eliseu Santos, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Luiz Braz, Nereu D´ Ávila e Pedro Ruas.)

 

O SR. PRESIDENTE: Ainda sobre a mesa o seguinte Requerimento: da Verª Maria do Rosário, de Voto de Congratulações com o Jornal Zero Hora e com o Grupo Institucional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente pela publicação do encarte especial: “Estatuto da Criança e do Adolescente: Instrumento de Cidadania”.

Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O primeiro Vereador inscrito, Verª Clênia Maranhão, está ausente; Ver. Clovis Ilgenfritz, ausente; Ver. Décio Schauren, ausente; Ver. Dilamar Machado, ausente; Ver. Eliseu Santos, desiste.

O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o dia de amanhã - 26 de outubro - marca, para esta Casa e para o povo de Porto Alegre, a passagem do 7º ano de falecimento do Ver. Valneri Antunes. O companheiro Valneri Antunes, como é conhecido de todos desta Casa, iniciou , na prática, o trabalho de mobilização popular mais efetivo dentro da Câmara Municipal. O Ver. Wilton Araújo, que com ele conviveu, cujas fotos observava hoje, pela manhã, no livro “Valneri” de Diógenes de Oliveira, sabe que foi com Valneri Antunes que esta Casa iniciou um trabalho de efetiva participação popular nas votações e discussões. Ele faleceu aos 47 anos, no auge de sua militância política, de sua atividade pública e na Liderança do PDT nesta Casa, do qual tive a honra de ser Vice-Líder. Valneri deixou um vazio que dificilmente será preenchido, porque o seu trabalho foi voltado específica e exclusivamente às comunidades mais carentes da nossa população, um trabalho profícuo, um trabalho produtivo, um trabalho que marcou a Cidade, que fez diferença na vida das pessoas. No enterro de Valneri nós víamos as lagrimas da franqueza, da sinceridade, do nosso povo mais humilde, que sentia, naquele momento, a perda de um líder efetivamente comprometido com os seus interesses. Valneri Antunes tinha na sua atuação basicamente essa intenção, defender os interesses dos mais humildes, defender arriscando a sua própria vida, defender efetivamente colocando na prática uma ideologia que já o tinha levado a pegar armas contra a ditadura militar, já o tinha levado ao exílio, no Chile, em Cuba e na Europa, e o trouxe de volta dentro da mesma luta, dentro da mesma pregação, na mesma coerência de princípios. O único Vereador cuja foto até hoje está estampada no Movimento de Justiça e Direitos Humanos, um dos únicos Vereadores desta Cidade que morreu no exercício da Liderança de uma Bancada. Valneri foi, para todos nós, um exemplo, um paradigma do exercício da Vereança de uma forma efetivamente compromissada com os interesses maiores da população carente. O 7º ano da morte de Valneri, e hoje dizia-me o Presidente: “Mas já faz tanto tempo?” É verdade, parece que, há poucos dias, víamos Valneri nesta tribuna, naquela cadeira defendendo os interesses da Cidade de Porto Alegre, com aquela paixão, com aquela garra que o caracterizara durante sua vida, durante a sua militância política, durante a sua atividade pública. No primeiro ano da morte de Valneri, em 1987, seus filhos vieram da França e participaram aqui, neste Plenário, de uma atividade em sua homenagem, hoje seus filhos já moram em Porto Alegre, a sua história influenciou decisivamente a atuação de cada um, dos militantes políticos ou detentores de mandato popular que o conheceram e para nós, do PDT em especial, apesar de que Valneri foi uma pessoa que ultrapassou os limites de qualquer Partido, mas para nós, em especial, é uma grande honra que tenha sido nosso Líder nesta Casa. Nesses sete anos, Senhor Presidente, quero fazer o registro de que a luta de Valneri, apesar de não reconhecermos nenhuma Liderança que se equipare em resultado de trabalho ao que ele teve continua sendo a nossa inspiração. Nesse contexto, escolhi o dia de amanhã, conversando antes com S. Exª o Presidente desta Casa, para apresentar o projeto da resolução dando o nome de Valneri Antunes à rampa de acesso da Câmara Municipal, projeto para o qual espero ter apoio de todos os senhores. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Passamos ao período de

 

EXPLICAÇÃO PESSOAL

 

Com a palavra, o Ver. José Gomes. Ausente. Com a palavra, o Ver. Antonio Hohlfeldt.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, em que pese esta Casa já ter votado e aprovado um Voto de Congratulações do Ver. Eliseu Santos em relação à passagem dos 110 anos de existência da Livraria do Globo, quero rapidamente voltar ao tema porque acho que é um momento muito importante para refletirmos sobre o significado que Porto Alegre já teve no campo editorial brasileiro. A Livraria e Editora do Globo foi a instituição editorial mais importante deste País a partir dos anos 30, mais ou menos, com a presença de Mansueto Bernardi depois de Érico Veríssimo na direção da editora publicando o que de mais significativo existia na literatura brasileira, lado a lado com a editora José Olímpio e a Martins de São Paulo, além da Companhia Editora Nacional de Monteiro Lobato que nos anos 20 havia se notabilizado pelo lançamento de grandes nomes da literatura brasileira, mas sobretudo a Globo trazendo em traduções fantasticamente bem cuidadas, porque assinadas pelos maiores brasileiros, no caso Carlos Drumond de Andrade, Augusto Meyer, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Érico Veríssimo, aqueles escritores internacionais quase que simultaneamente aos lançamentos que se faziam nos seus países de origem. Isso fazia com que Porto Alegre, a Editora do Globo centralizasse as atenções do mundo editorial, não só brasileiro como continental. Muitas vezes numa tradução para o português a Editora do Globo abria caminho posteriormente para a versão em espanhol de escritores ingleses ou alemães que, realmente, tinham uma importância significativa. A Editora do Globo, por exemplo, dentre tantos outros projetos editoriais, com a coordenação de Paulo Ronay, um imigrante húngaro, da segunda guerra, que aprendeu o idioma português, lançou a edição da obra completa de, por exemplo, Balzac, uma tradução que, ainda hoje, é considerada a melhor e o melhor Projeto editorial de toda a Obra Balzaquiana, a exceção da edição original francesa. Eu refiro isto porque hoje - apesar de ter boas editoras e eu menciono, dentre outras, a Mercado Aberto, à qual eu e o Ver. Dilamar Machado estamos ligados neste momento - a própria editora Globo não é mais gaúcha, passou para a égide do Grupo Globo Nacional. Temos a Editora LPM, a Movimento que tem uma história extremamente importante para o Rio Grande do Sul, para a literatura gaúcha a partir dos anos 60, com a direção do ex-Secretário de Cultura do Estado, Profº Carlos Jorge Appel, mas, evidentemente, não centralizamos mais este espaço com a mesma importância editorial que já tivemos em décadas passadas. Parece-me que isso deve ser uma coisa para nós pensarmos e refletirmos já que hoje, realmente, o poder desta área se deslocou para o centro do País, sobretudo São Paulo e especialmente para a Editora e Companhia das Letras que hoje é a grande Casa Editorial do Brasil. Esse é o primeiro registro. O segundo registro é muito rápido, eu conversava há cinco minutos atrás com o Ver. Pedro Ruas sobre um episódio desta Casa. Nós estamos aí com denúncias de corrupção em nível do Congresso Nacional, denúncias em torno do Governo do Estado e de outras corrupções maiores ou menores que ocorrem em diferentes Prefeituras e diferentes Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas em todo o País. E, curiosamente, eu não ouço mais alguns cidadãos, inclusive jornalistas e políticos, que defendiam em boca grande, a legislação do lobby neste País, sobretudo do lobby político. Calaram-se esses e eu relembrava de que uma das pessoas que se insurgiu contra o lobby, aqui está nesta Casa, quando se tentou legalizar esse lobby foi exatamente o Ver. Pedro Ruas e na ocasião enfrentou uma tentativa de cassação de seu próprio Líder de Bancada. Curiosamente, o Ver. Pedro Ruas está reeleito e quem tentou cassá-lo não está mais nesta Casa. Eu queria recordar isto porque quando nós, agora, queremos investir contra alguns eventuais políticos corruptos - e ainda no discurso da mídia parece que todo o político é corrupto - não continuamos nos esquecendo, como eu dizia, certa vez, na Presidência desta Casa, há dois anos atrás, aqui, neste Plenário que não existe corrupto sem o corruptor e que, curiosamente, os corruptores são sempre ou quase sempre aqueles que vêm denegrir a classe política tentando generalizar, esquecendo de que foram eles que buscaram eleger determinadas pessoas para, em suas más funções políticas, fazerem a representação dos seus interesses escusos.

Este é um bom momento para que tenhamos clareza em não aceitarmos, em momento algum, quer no Congresso Nacional, quer na Assembléia Legislativa, quer nesta Casa, a legislação disso que se costuma chamar lobby e que eu chamo de corrupção regulamentada e oficializada. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Nada mais havendo a tratar, declaro encerrados os trabalhos.

 

(Levanta-se a Sessão às 15h47min.)

 

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